Lisboa: Tribunal mandou parar as obras no Terreiro do Paço

O Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa mandou parar as obras relativas ao novo modelo de circulação da Baixa e que englobam o projecto de remodelação para o Terreiro do Paço/Praça do Comércio.

A decisão do Tribunal surge na sequência da providência cautelar apresentada, no dia 9 de Junho, pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP) contra o projecto de remodelação da Câmara Municipal de Lisboa para o Terreiro do Paço/Praça do Comércio.

O Automóvel Clube Português está contra o novo conceito de circulação para aquela zona da cidade. O presidente do A.C.P., Carlos Barbosa, explicou na altura da apresentação da providência cautelar que o clube quer "evitar uma ilegalidade e evitar o caos na cidade de Lisboa". Carlos barbosa acusou ainda António Costa, presidente da autarquia, de autismo.

As críticas do clube surgiram na sequência da reabertura ao trânsito da Av. Ribeira das Naus, no início da semana passada, apenas para viaturas particulares e com uma via para cada sentido. Nessa ocasião, António Costa reforçou o objectivo de transformar a frente de rio num passeio ribeirinho.

"É a primeira vez em muitos anos em que tiramos espaço ao automóvel para dar espaço às pessoas. Isso é absolutamente vital para podermos melhorar a qualidade de vida e aproveitar a frente de rio que a cidade de Lisboa tem e é uma preciosidade», declarou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Em resposta as críticas que apontavam para os possíveis impactos negativos que esta medida teria na mobilidade desta zona da cidade, o autarca referiu um inquérito realizado pela autarquia que indicava uma maior grau de satisfação das pessoas em relação à menor presença de carros e de ruído na Baixa de Lisboa.